29 de outubro de 2009

.:: Protetores Auditivos: NRR x NRRsf ::.

NRR e NRRsf quais suas diferenças e o qual usar?

NRR e NRRsf são duas metodologias de atenuação de ruído para protetores auditivos. Estes valores não são expressos em dB, como a maioria dos protetores auditivos marcam em suas instruções, mas sim indicies que podem ser subtraídos diretamente do nível de exposição do trabalhador - dado em dB(A) – devido a soma de decibel ocorrer por escala logarítmica e não aritmética (algoritmos manuais) como estamos acostumados a lidar.


Um pouco da história do NRR


Noise Reduction Rate ou Nível de Redução do Ruído (NRR), era usado como forma padrão de cálculo de atenuação de ruído para protetores auditivos até o ano de 1997 de acordo com Prof. Ph.D. Samir Gerges, no entanto, muitos protetores auditivos ainda possuem valores de NRR.

A norma para obtenção deste indicie é a ANSI S13.9-1974 e S12.6 1984 e/ou ISO 4869-3. Resumidamente, testa-se protetores auditivos em ouvintes bem treinados com ajuda do executor do ensaio para obter uma colocação perfeita, no entanto, com o passar dos tempos, verificou-se que os valores obtidos eram bem divergentes do mundo real.

Hoje, para quem usar o NRR como referência a NIOSH e a OHHSA sugerem o uso de fatores de correção para tentar obter valores mais próximos dos valores encontrados em “chão de fábrica”, porém, estes indicies de correção são de baixa precisão, ainda de acordo com Gerges.


NRRsf


O NRRsf, nasceu para oferecer valores plausíveis com o do mundo real.

Sua metodologia, baseia-se na norma ANSI S12.6 - 1997 (B), que convencionou-se usar ouvintes não experientes, sem treino e sem ajuda pelo executor do ensaio para colocação do protetor auditivo, por isso o SF, que é a abreviação de Colocação Subjetiva (do inglês, Subject Fit).

Hoje o indicie aconselhado para uso é o NRRsf.


Curiosidade


As normas orientam que diferenças de até 3 NRRsf entre protetores são desprezíveis, ou seja, não há diferença entre usar um protetor com 17 NRRsf e um de 14 NRRsf.

Aqui no Brasil, tentar “peitar” uma fiscalização baseando-se nisso, acreditamos ser um imenso risco, nossa sugestão é ser o mais preventivo possível para não haver desentendimento com as Delegacias Regionais do Trabalho, nem com outros órgãos fiscalizadores.

Em países como Austrália e Nova Zelândia adotaram um sistema de classificação dos protetores, que segue como abaixo:

Classe A – Protetores com NRRsf entre 20 e 15
Classe B - Protetores com NRRsf entre 15 e 10
Classe C - Protetores com NRRsf entre 5 a 10

Se este modelo fosse adotado pelo Brasil, certamente ficaríamos seguros para usá-lo, uma vez que faria parte da legislação brasileira.






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Autor: Fgo. Elio Longhi / CRFa 6496-ES
Blog Ouvir
Fonte: LARI – Laboratório de Ruído Industrial

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